Riacho Sangrento de Maria

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Creek Mary's Blood (tradução)
- Nightwish -

Riacho Sangrento de Maria

Brevemente não estarei mais aqui
Irás ouvir o conto
Através de meu sangue
Através de meu povo
E o choro da águia
O urso interior de nunca se deitar em descanso
Caminhando na estrada do horizonte
Seguindo um rastro de lágrimas
O homem branco chegou
Avistou a ilha abençoada
Nos preocupamos, vocês tomaram
Vocês lutaram, nós perdemos
Não a guerra mas uma luta injusta
Belos cenários pintados em sangue
Caminhando na estrada do horizonte
Seguindo um rastro de lágrimas
Uma vez já estivemos aqui
Onde nós vivemos desde que o mundo começou
Desde que o próprio tempo nos concedeu esta terra
Nossas almas se unirão novamente com o selvagem
Nosso lar na paz, na guerra e na morte
"Continuo sonhando todas as noites
Com aqueles lobos, aqueles mustangs e aquelas infinitas praias
Os incansáveis ventos sobre os topos das montanhas
A indivisível fronteira de minha carne
A vazia ilha do grandioso espírito
Eu ainda acredito
Em todas as noites
Em todos os dias
Eu sou como os caribous
E você como os lobos que me fortalecem
Nós nunca lhe devemos nada
Nossos únicos débitos são nossas vidas, a nossa mãe
E é um bom dia para cantarmos essa canção para ela
Nossos espíritos estavam aqui muito antes de vocês
Muito antes de nós mesmos
E antes estaremos depois que seu orgulho lhe conduzir ao seu fim"

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Essa obra prima da banda finlandesa Nightwish fala sobre a dizimação dos índios, o que nos faz pensar no sofrimento das mais diversas tribos indígenas do mundo de ontem e de hoje. Os índios que restaram não têm mais a liberdade de viverem da sua maneira, muitas vezes abrindo mão de sua rica cultura e de suas tradições pela influência do homem que se diz civilizado. É muito triste ver que muitas tribos hoje não existem mais, não pela ordem natural das coisas.
Essa é uma questão que dá muito pano pra manga, então falar disso aqui acho um pouco inviável.
Mas vejam então o vídeo dessa belíssima música do Nightwish (que é uma de minhas bandas favoritas), com a participação de John Two Hawks: http://br.youtube.com/watch?v=m8tPs7FrB1g
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Nightwish, ainda com a antiga (e talentosíssima) vocalista, Tarja Turunen

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Última Parada 174 e uma reflexão

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Ontem assisti ao filme Última Parada 174 e fiquei um tanto quanto chocada, impressionada e me deu vontade de falar sobre ele, como fez nosso amigo Maycon Ramos em sua última postagem. Muitas vezes julgamos uma pessoa que comete um crime sem nos preocuparmos com sua história de vida, com o seu passado, com o contexto social em que essa pessoa vive. Esse passado do criminoso de forma alguma o isenta da responsabilidade pelos seus atos, mas o que quero dizer com essa minha colocação é que temos o costume de achar que aquela pessoa que comete um crime o faz desde sempre, que aquela pessoa É criminosa, NASCEU criminosa. Mas não é bem assim que as coisas funcionam.
Vemos o exemplo do Alê, o protagonista do filme, que aos dez anos de idade (dez ou doze, não tenho certeza) fugiu de casa deslumbrado pela possibilidade de conhecer Copacabana, lugar onde sua mãe tinha o sonho de ir pra abrir um quiosque para vender sua comida. Porém, sua mãe fora assassinada e ele passou a ser criado pela tia e o marido dela, que não gostava do garoto. Por isso saiu de casa. Chegando em Copacabana, passou por muitas humilhações e, sem dinheiro, se juntou a uns moleques de rua. Se tornou um deles e viveu nas ruas até os 17 anos de idade. Se envolveu com roubos, drogas e acabou sendo levado pra FEBEM. Lá, sofreu ainda mais, sendo até mesmo espancado lá dentro. Fugiu de lá com um suposto amigo que o ensinou a roubar com ele no trânsito, em cima de uma moto. Eles passaram a morar juntos no barraco onde esse amigo morava. Deslumbrado com o dinheiro fácil que estava ganhando, foi querendo cada vez mais. O amigo o coloca pra fora de casa depois de um assalto mal sucedido. Alê se envolve emocionalmente com uma prostituta que conheceu ainda moleque e mais pra frente descobre que esse seu suposto amigo se encontrava com ela também, como cliente. Alê briga com os dois e fica ainda mais revoltado. Toda essa história de vida conturbada mexe muito com a cabeça desse adolescente de 17 anos, que num ímpeto de se defender de uns policiais que cercaram o ônibus onde ele estava (ele estava armado), anunciou o sequestro do ônibus, que teve um triste final. Uma refém foi morta e Alê foi morto pelos policiais ainda dentro da viatura, a caminho da delegacia.
Podemos ver que a história de vida do garoto teve total influência sobre o desfecho de tudo.
É um caso a se pensar. Não defendo ninguém que cometa um crime, mas não podemos agir com ignorância e julgarmos da nossa maneira. Faltou oportunidade para o garoto se tornar uma pessoa de bem, mas uma vez na rua, fica difícil sair dela. Nós mesmos somos preconceituosos com os chamados "pivetes". Ficamos sempre na defensiva, com medo de um assalto e, sempre que podemos, nos desviamos deles.
Não dá pra mudar a realidade sozinhos, precisaríamos de apoio governamental e muita força de vontade pra tentar mudar essa triste realidade que está bem diante dos nossos olhos. Essas crianças de rua são carentes de carinho, de atenção, de afeto. O que poderíamos fazer pra ajudar esses pequenos? Cabe a cada um de nós responder.

O essencial é invisível aos olhos...

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É incrível como um livro com uma história tão 'infantil', tão inocente e tão singela pode tocar tanto no coração de quem o lê e trazer tantos ensinamentos importantes para a vida como no livro 'O Pequeno Príncipe'.

Li esse livro quando estava ainda na oitava série (mais ou menos com uns 14 anos) e a lição me serviu pra vida inteira. Quem nunca ouviu ou leu a frase: 'Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas' ou 'Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos' ?

O próprio Pequeno Príncipe que o diga! Como ele aprendeu lições de vida maravilhosas...

Pois pra quem ainda não teve a oportunidade de ler esse livro que considero tão especial, não tem mais desculpa. Abaixo, deixei um link pra quem quiser ler o livro sem precisar comprá-lo (apesar de que o livro mesmo, de papel e tudo, tem seu lugar...):


Com certeza, a leitura não passará sem deixar algo de especial em sua vida.

Boa leitura a todos! Vou ler de novo também...

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