Nas ruas...

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Estava lendo um trecho do livro "A alma encantadora das ruas", de João do Rio, e me inspirei para o post de hoje.
O trecho do livro aborda uma questão muito séria, que é a respeito da vida das crianças de rua, que serão, muito provavelmente, os criminosos de amanhã. As crianças de rua vivem uma triste realidade: a da marginalização e da exclusão.
Como essas crianças vivem? O autor do livro fala que alguns acompanham senhoras falsamente cegas, paralíticos, amputados; são gatunos de sacolas, apanhadores de pontas de cigarros. Mas esse livro foi escrito no início do século XX, e de lá pra cá muita coisa mudou. Hoje a realidade é bem mais cruel. Crianças roubam, fumam, se drogam, se marginalizam, ameaçam a vida de quem não contribui com algum dinheiro quando é abordado por eles, conhecem o sexo cada vez mais cedo, se prostituem e até matam. Alguns vão para as ruas para pedir esmolas, vender balas, fazer malabarismos ou limpar pára-brisas de carros parados no sinal. Estes, em muitos casos, são esperados em casa à noite pelos seus pais para passar a estes o dinheiro ganho no dia. Muitas vezes, eles são o sustento da família, enquantos os pais simplesmente esperam em casa o dinheiro chegar ou também vão para as ruas. Existem os dois casos, e existem outros casos também. Mas essas crianças que estão na rua aprendem muitas coisas, e não são coisas boas. Muitos se envolvem com a criminalidade, com o mundo das drogas e rapidinho vão parar na FEBEM, que dão um 'jeitinho' neles. Só que o jeitinho que dão neles os faz ainda mais revoltados com a vida e, ao invés de recuperar, a FEBEM acaba criando monstros. Essas crianças não merecem isso. Por mais que sejam infratoras, sem nenhuma educação, com tanta mágoa e sofrimento dentro de si, tanta revolta, e por mais que nos pareçam sem recuperação, essas crianças e adolescentes PRECISAM de uma chance na vida. Falta o verdadeiro interesse dos governantes desse país em tentar dar um fim a essa situação. Claro que não deve ser possível acabar com esse cenário num estalar de dedos, mas é preciso começar. Talvez criar instituições de amparo a essas crianças, um lugar onde eles possam se socializar, possam interagir com outras crianças/adolescentes, possam ter atividades, estudo, recreação, lazer, possam aprender a usar um computador, aprender algum ofício, que possam fazer pelo menos quatro refeições dignas por dia e receber carinho, atenção, sentir um pouco de afetividade. Isso é meio difícil de imaginar, mas pode ser que dê certo. Claro que haverão aqueles que não se adaptarão a esse novo estilo de vida, se rebelarão, irão querer voltar para as ruas, mas com certeza outros abraçarão essa oportunidade com toda a sua força e se sentirão realmente amparados. Creio que seria um bom começo.




Sou sonhadora demais? Talvez sim. É melhor, muito melhor ser sonhadora, imaginar um mundo novo, com mais solidariedade, do que ficar simplesmente reclamando e sendo pessimista. Talvez essa idéia se espalhe por aí, quem sabe? Quem sabe as pessoas leiam esse post e comecem a pensar assim também?
Acho que já é um começo!

Um bom fim de semana a todos!

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'Amor de verdade"

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"Amor de verdade entre duas pessoas não se resume somente na companhia física. Amor de verdade é uma junção de duas almas, de dois corações. É uma só vontade, uma só sintonia. É cumplicidade, afinidade, é enxergar nas entrelinhas, é quase telepatia. É querer bem ao outro e a si próprio, pelo bem de ambos, pelo bem do sentimento que há em comum. É compreensão, é comunhão. É sentir o outro em tudo; é poder sentir-se no outro".


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Obrigada!

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Gostaria imensamente de dizer que senti muita força e muito carinho nos comentários de todos vocês que torceram pelo meu bom desempenho no seminário de pesquisa e extensão, em que apresentei meu projeto de pesquisa na semana passada. Obrigada pelas palavras amigas e pela sensação que me proporcionaram de que realmente estavam torcendo por mim! Correu tudo super bem, graças a Deus, e pude perceber que o tema do meu projeto de pesquisa despertou bastante interesse por parte de todos os presentes. O projeto diz respeito à escrita das mulheres do presídio feminino de Belo Horizonte como possibilidade de reinserção social. O tema realmente é um tema diferente. Trata-se de um assunto pouco falado e que merece uma pesquisa profunda e densa. Tendo como ponto de partida as cartas e bilhetes produzidos pelas detentas, buscaremos (eu e minha professora orientadora) o percurso e o caminho, detectando em cada um as perspectivas ali apresentadas e as relações que buscam estabelecer com o mundo extramuro. A cada discurso, buscaremos compreender quais os outros atores que estão presentes nas histórias ali contadas. Ao final do projeto, pretendemos saber quem são as mulheres do presídio feminino de Belo Horizonte, qual sua relação com a escrita e como esta pode proporcionar possibilidades de sua inserção social. Os efeitos advindos desse projeto se apresentam na possibilidade de entender este universo, buscando contribuir para programas e políticas sociais voltadas para mulheres e ainda contribuir para discussões acerca desse universo feminino e como a escrita se insere neste contexto. É um trabalho e tanto! Mas mergulhei de cabeça nesse projeto e espero que renda bons frutos.
Obrigada novamente a todos que me apoiaram... Um grande abraço a todos!

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Voltei!

Olá!!!

Estou de volta, cheia de perspectivas e experiências novas. O seminário foi ótimo e certamente voltei diferente de lá. Foi uma grande oportunidade de conhecer outras áreas de pesquisa e de me aprimorar também.

Hoje meu tempo está um tanto cronometrado, mas amanhã voltarei com uma postagem nova e corresponderei às visitas desse período em que estive ausente...



Um lindo domingo a todos!
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